quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A moda está na moda

O mercado de moda anda muito aquecido ultimamente, e, com a grande demanda do público consumidor, houve até a criação de novos profissionais a fim de suprir essa crescente necessidade.
Esses novos cargos não entram nas estatísticas oficiais que contabilizam os empregos na indústria têxtil e de vestuário, mas, com certeza, fazem parte do grupo de profissionais que tornam esse setor mais forte a cada ano.
O mais interessante é que não é necessário entender de moda para saber que estoque de roupas e acessórios de mais de duas coleções passadas significam vendas baixas e um prejuízo agudo.
O que algumas pessoas fizeram foi vender essas peças fora de coleção por preços muito mais baixos do que os reais, os chamados "ponta de estoque". Os empresários não costumam gostar desses novos modelos profissionais, pois isso pode parecer que seus negócios não vão muito bem.
O consultor na área de reposicionamento de produtos, por exemplo, é aquele que substitui artigos que não vendem por peças que são sucessos garantidos de venda. Isso pode acarretar em abrir mão de coleções mais independentes.
Outro exemplo é o executivo que cria um processo de desenvolvimento completo, iniciando na matéria-prima e terminando com a roupa na loja. É montar a estrutura, mas não a produção ou na gestão da empresa.
A Agente de Moda é uma agência especializada em captar patrocinadores para eventos de moda e encontrar marcas ou estilistas que possam se tornar bons veículos de marketing.
Essa nova profissão nasceu da necessidade dos estilistas de terem bons patrocinadores, e de empresas de grande porte de acharem novas formas de transformar seus produtos em objetos de desejo através da moda.
A moda brasileira está passando por um novo conceito de geração de trabalho. São 2,5 milhões de pessoas, espalhadas em 46 mil empresas, que trabalham com a indústria têxtil e de confecções. Apesar disso, criou-se, dentro desse ambiente da moda, uma relação de interdependência dos mais diversos segmentos.Os novos profissionais estão criando uma produção de conhecimentos, que deve ser a peça-chave para o desenvolvimento da cadeia têxtil. A moda pede inteligência, e pode ser uma saída para que indústria do país sobreviva.
Ano passado, o setor teve um lucro de US$57 bilhões, um dos maiores do mundo. Porém, com o advento dos produtos chineses, essa industria sofreu, pois enxugam a produção e começam a demitir pessoal.
A criatividade pode ser uma saída para sobreviver a essa concorrência chinesa, e o Brasil precisa se inserir nesse mercado altamente competitivo. O principal objetivo é usar o design local e as novas tecnologias na produção para criar mais valor às marcas.
Portanto, é preciso que se mostre aos bancos, investidores e financiadores que a moda também pode ser um gerador de conhecimento e empregos. É preciso injetar recursos tanto na produção quanto na criação.

fonte: http://www.brasilprofissoes.com.br/noticias.php?codigo=136

Ana Carolina Violla Basilio

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