
Ah, Karl! Sempre em avanço como a marca, percussora desde os tempos de mademoiselle...
E, pensando bem, creio que não poderia ser diferente. Porque às vezes as vitrines nos matam de chatice. Todo mundo faz quase a mesma coisa em proporções diferentes... E como Chanel sempre frente à do seu tempo, jogava com códigos do futuro já em 1913, como poderia ser diferente?
Pois ontem, aqui em Paris, no desfile de alta costura, cheguei a levar um susto, mas logo adorei a proposta. O chique e tradicional Grand Palais foi transformado em casa de campo, para ser bem específica, uma granja. Nada foi esquecido na rústica decoração: pilhas de feno, grama, restos de verde, palha e bancos de tronco de árvores cobertos de juta acolhiam a chique platéia. O sinal do início do desfile? Uma galinha cantando “cocoricó”.


Prince e Claudia Schiffer
Como sempre, a marca deverá ser o parâmetro para muitos no mundo e certamente no próximo verão de 2010, muitas coleções pelo planeta troçarão o bling-blig (superfora de moda!) pela simplicidade do artesal, como peças em crochê, tricô, florais e fuxicos (bem típico do trabalho maravilhoso desenvolvido pelo fantástico pessoal da CopaRoca, na favela da Rocinha no Rio).


Claudia, Karl Lagerferl e Virginie Ledoyen
Foi uma coleção ecológica? “A Ecologia, o Bio, é uma coisa do qual sou aderente, mas é preciso dar um toque de moda, de sofisticação”, responde o mestre Karl Lagerfeld.
Observação pessoal: no início do desfile, se escutou um galo cantar “Cocoricocó”...Para curiosidade, a primeira música que Gabrielle Chanel cantou na vida, na tentativa de trabalhar, foi num café em Moulins, a marchinha “Qui qu’a vu Coco” e repete várias vezes o refrão: “Cocoricocó”... (daí surge seu apelido “COCO”). Um verdadeiro retorno à fonte, não?
Ana Carolina Violla Basilio
Fonte: Por Stella Pelissari - http://www.mundodomarketing.com.br/6,11560,o-golpe-de-mestre-da-marca-chanel.htm
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