domingo, 4 de outubro de 2009

O Marketing na MODA


Fonte: Guia Jeanswear

Quem trabalha com moda, seja na criação, indústria, vendas, jornalismo, pesquisa (ou em qualquer outra área), sabe que o marketing é muito importante. Talvez, seja o segredo do sucesso de muitas empresas espalhadas pelo mundo.
No Brasil, apesar de existir um alto investimento neste setor, há ainda falta de informação, resistência e até mesmo incentivo por parte do governo.
“Muitas empresas do país, ainda não descobriram a proposta e os benefícios de compor uma filosofia voltada para o marketing”, afirma Luciane Robic, diretora de marketing do IBModa – Instituto Brasileiro de Moda, primeira instituição brasileira voltada exclusivamente para a área de negócios da moda. (…)
1. Fale sobre o marketing na moda.
Moda não é só vestuário. Temos que apostar em duas linhas para obter sucesso nesta área: no design sob a ótica da gestão de negócios da moda e no marketing.

É necessário ter em mente que o marketing deve estar integrado à empresa e, não somente restrito às vendas, à área de comunicação e promoção.
Mercados mais profissionalizados, já perceberam isso e, em grande parte são alavancados pela moda, como empresas de automóveis, beleza, celulares (que normalmente estão presentes em eventos de moda como o São Paulo Fashion Week).
A moda é uma mídia que gera uma sofisticação estética, um valor agregado que nenhum outro mercado tem. É um dos mercados mais sintonizados com o comportamento e tendências dos consumidores. Mas apesar do Brasil ser aberto a novidades, falta foco e suporte na área de gestão, inclusive do governo, política, entre outros.
Normalmente os grandes varejistas de moda, tais como C&A, Pernambucanas, Renner, estão mais estruturados nas suas atividades de marketing, tanto pela política profissional como pelas estratégias que vêm desenvolvendo no mercado, como as campanhas e nomes ligados a estilistas famosos.
2. Qual o segredo do sucesso de uma marca?
A base de tudo é o relacionamento do consumidor com a marca, antes do que com o produto em si, pois com a velocidade com que a moda anda, um mesmo produto visto em um desfile internacional hoje, pode estar amanhã nas vitrines de qualquer loja do Brás, Bom Retiro ou Oscar Freire. Pode ser comprado em vários lugares, sejam eles caros ou baratos. Não adianta prender-se somente ao produto, mas ir além. Dificilmente se consegue esta diferenciação em relação ao que se vende porque é um bem de consumo cada vez mais perecível e copiado.
O consumidor deve se sentir atraído pelo “intangível”, que são os benefícios que a loja pode proporcionar e, não somente pelo produto. As coisas deveriam acontecer de fora da empresa para dentro. Hoje em dia, não adianta apenas desenvolver o produto dentro das expectativas de mercado. O produto somente pelo produto, não prende mais ninguém.
O mercado está passando por uma forte transição, onde devemos repensar nossos caminhos.
Eu também não acredito em um sucesso de moda sem o relacionamento com os diferentes públicos que a marca tem, principalmente as assessorias e a imprensa, que é um público refinado e coloca o nome da empresa no mercado. É onde tudo começa.
É preciso ainda estreitar o relacionamento entre distribuidores, compradores e varejistas. Um bom exemplo é a Zara, cadeia da Espanha com lojas no mundo todo.
Podemos falar que a Zara é um referenciado exemplo do negócio fast fashion, com alto giro de produtos, logística, pulverização e um equilíbrio muito forte entre o produto, a entrega, o mix e a disposição dentro da loja, além do rápido relacionamento entre os funcionários e gerentes de cada unidade com as centrais de vendas. Os gerentes sabem exatamente o que devem pedir para seus consumidores e a reposição acontece em torno de dois dias e meio. É o sucesso de toda uma cadeia de produção, entrega e colocação no ponto-de-venda.
E como em média, a cada dois dias chegam novos produtos, o consumidor é instigado a comprar, pela oportunidade do momento e a rápida atualização com uma moda up-to-date, antecipando as tendências antes de outras lojas.
3. Como definir a imagem que será passada ao consumidor?
Primeiramente deve-se construir a identidade da marca, definir bem o público. Há atualmente problemas no foco. Qual é o diferencial? Público-alvo? É importante ter controle do que se pretende prometer ao consumidor. No varejo, existe uma promessa de marca, mas até chegar na prateleira, essa essência se perde. Isso acontece porque não houve uma preocupação de integração geral, com uma melhor gestão de pessoas. Do criador ao produto final, deve haver interação. Na construção da marca é importante ter identidade e somente depois firmar a imagem, que é a percepção do consumidor em relação à marca.

é instigado a comprar, pela oportunidade do momento e a rápida atualização com uma moda up-to-date, antecipando as tendências antes de outras lojas.
3. Como definir a imagem que será passada ao consumidor?
Primeiramente deve-se construir a identidade da marca, definir bem o público. Há atualmente problemas no foco. Qual é o diferencial? Público-alvo? É importante ter controle do que se pretende prometer ao consumidor. No varejo, existe uma promessa de marca, mas até chegar na prateleira, essa essência se perde. Isso acontece porque não houve uma preocupação de integração geral, com uma melhor gestão de pessoas. Do criador ao produto final, deve haver interação. Na construção da marca é importante ter identidade e somente depois firmar a imagem, que é a percepção do consumidor em relação à marca.

Fonte:http://www.fashionbubbles.com/2007/luciane-robic-aborda-o-marketing-de-moda/

Shirley Neves Oliveira

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